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O Zarolho

11 outubro 2005

Quem quer ser macho ponha o dedo no ar

Eu não preciso de ler “Os homens são de Marte e as Mulheres são de Vénus” para saber que há diferenças entre os dois sexos. E muitas! Apesar das discrepâncias, chega uma altura em que os membros destas duas espécies decidem unir-se e ir viver juntos. Para além de um ocasional aviso para deixar o tampo da sanita para baixo, isso não é, só por si, nenhum problema. As pessoas apesar de serem diferentes umas das outras conseguem na mesma viver juntas. Mas existem problemas na mesma, nomeadamente noutra área completamente distinta – a divisão de tarefas!

Há muito, muito tempo numa galáxia distante, alguém decidiu que os homens eram machos e as mulheres não. É o homem macho que vai caçar o almoço enquanto a mulher fica em casa a pôr a mesa. As coisas não mudaram muito.

Mas já chega! É tempo para um novo modo de pensar. Um pensar moderno. Estou farto!

No entanto, temos de ser justos. Há algumas tarefas que são tradicionalmente delegadas nos homens e que eu até nem me importo de fazer. Levar o lixo, ir lavar o carro... Com os diabos, eu até sou homem para montar sozinho um móvel do IKEA!

Mas não sei em que altura da história é que inventaram que os homens têm de matar insectos. Quem foi o anormal? Provavelmente um gajo muita macho, com pelos no peito e bigode, faz anúncios da Olá e que vive no Algarve. É verdade que os homens são capazes de tudo para impressionar uma mulher. E se calhar, quem sabe, numa qualquer era de devaneio, o simples facto de um homem esmagar baratas com a biqueira do sapato fazia as mulheres suspirar. Mas senhoras, os tempos são outros. Será que isso ainda tem de ser responsabilidade nossa?

No outro dia uma horrível criatura com asas decidiu alojar-se numa parede da sala. Mal a minha mulher viu a besta deu um berro e pôs-se com um tal ar de terror que pensei que nas minhas costas estava o Carlos Cruz. Virei-me calmamente pois não quis assustar o agressor e ele atacar-me, e deparei-me com uma... pequena traça.

“Mata! Mata!” – Não sei porquê mas nestas alturas as sempre eloquentes mulheres, passam a um estado diabólico e as frases passam a ser uma só palavra. Voltámos à Roma Antiga e estamos no Coliseu, mas em vez de um leão esfomeado está uma traça. Pequena e nem se mexe.

Até achei que poderia ser processado por matar um animal tão pequeno.

“Com o quê?” –pergunto eu. “Ela tem mais medo de ti que tu dela. Deixa lá estar o bicho em paz”.
“Ele mexeu-se! Está a mexer-se!” .
Só me apetecia responder: Nã.... aquilo é só um fantoche não estás a ver os fios? Mas não. Saí-me com um simples “Mas eu matei a última!”
Aí voltou a frieza feminina – “ Tu tens é medo!”

Tocou-me no ponto fraco. Levantei-me de repente pronto a tomar uma atitude e salvar o bocadinho que restava da minha machice.

Eu sabia o que tinha que fazer e do que precisava para executar o plano de exterminação.

Uma lata de Raid. (evita manchas de sangue na parede)
Uma vassoura. (para assustar e manter afastada a fera)
Uma pá. (Era o que mais se parecia com um escudo)
Um sapato. (Para ataques rasteiros)
Um jornal enrolado. (a minha arma favorita. E faz um efeito sonoro, Pásss, fantástico!)
Um pano. (para ataques em voo)
E duas folhas de papel higiénico. (para enrolar o cadáver do adversário)

Ah e ainda, no bolso, levava escondido um isqueiro caso necessitasse de quitar o Raid e transformar a lata num lança-chamas.

Entrei em combate. Por momentos senti-me como o Mel Gibson no Braveheart a investir contra os Ingleses.
Três minutos depois, vários graffittis de Raid na tecto, uma cadeira no meio da sala, uma sola de sapato marcada na parede e uma mancha de sangue no Sudoku ainda por fazer, consegui vencer. Estava extasiado... Mas o cheiro a sangue da batalha valia a pena. O beijo da donzela salva era tudo o que precisava para me recompor. Em vez disso ouvi “Agora tens que arrumar tudo no sítio, outra vez.”

Cheguei à conclusão que neste mundo moderno eu posso não ser um grande caçador, ou conseguir usar uma lata para matar mais do que um insecto, mas se calhar, chegou foi o tempo da sociedade procurar novas definições para a palavra macho e para o papel da mulher e do homem e suas responsabilidades. Sempre eu?

De qualquer modo, pessoalmente estou confortável com a minha definição de macho. Aliás basta-me ter as janelas fechadas para não ter problemas com isso.

posted by Dimitri Apalpamos @ 11:56 da tarde,




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